Excertos do discurso de Aquilino Ribeiro na Sociedade Portuguesa de Escritores, 1963

"Morro insatisfeito. A minha obra é imperfeita e bem o sinto". (...) "A Perfeição, materializada na obra humana, no livro, na estátua, na partitura, é uma hipérbole celeste. Nunca se consegue, e quando se julga conseguir é miragem." (...) "Cultivem a inquietação como uma fonte de renovamento. E, enquanto vivermos, façamos de conta que trabalhamos para a eternidade e que tudo o que é produção do nosso espírito fica gravado em bronzes para juízes implacáveis julgarem à sua hora".
in, Revista nº64 do Jornal do Fundão.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O segundo casamento

Em Junho 1929, casa pela segunda vez, com D. Jerónima Dantas Machado, filha de Bernardino Machado, presidente da Republica deposto por Sidónio Pais, exilado em Paris. O consórcio teve lugar na Mairie De Montrouge e seguem depois para o sul de França, Ustaritz e em seguida Baiona. Nesta última cidade que em Abril de 1930, nasce o seu único filho deste matrimónio, Aquilino Ribeiro Machado. Entretanto em Portugal, Aquilino Ribeiro é julgado e condenado à revelia pelo Tribunal da Ditadura Militar que governa o País. Ainda no mesmo ano publica O Homem Que Matou O Diabo, um romance que dedica à sua esposa. No ano seguinte, passa a residir com a família na Galiza, primeiro em Vigo, depois em Tui.

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