terça-feira, 11 de maio de 2010
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Entre Miquelina e Romarigães
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Chegada a Paredes de Coura
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Mas, só após o falecimento do sogro é que Aquilino tomou contacto directo com Paredes de Coura. A sua esposa
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terça-feira, 4 de maio de 2010
Aquilino Ribeiro e Paredes de Coura
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Transcreve-se essa missiva escrita em La Guardia, a 14 de Fevereiro 1933:
" Meu Caro Aquilino:
Muito lhe agradecemos a visita da Gigi e do Lininho.
Estes dias teem sido de festa.Escuso de lhe dizer que o seu belo filho tem sido o encanto de todos. Agóra mesmo, tão inteligente como serviçal, me está carinhosamente ajudando a mandar para o correio o meu ultimo folhêto anti-ditatorial. É já um prestantissimo correligionário. Não se resolve a vir até cá?
A nossa satisfação seria completa. E veria de passagem o nosso Minho, de que devia certamente de gostar muito, digo-o sem desfazer na sua Beira. Á volta, poderia mesmo ir com a Gigi e o Lininho até Paredes de Coura, da qual dizia o poeta António Pereira da Cunha, a quem Castilho ofereceu o livro terceiro das Geórgicas, que sendo o que ha de melhor em Portugal e sendo Portugal o que ha de melhor na Europa e a Europa o que ha de melhor no mundo, é sem duvida alguma a preciosidade maior de todo o mundo. Minha mulher e alguma da minhas filhas acompanha-los-iam. Tenho melhorado desde a chegada da Gigi: mais ainda me restabeleceria abraçando-o pessoalmente. Nossos Melhores cumprimentos a sua boa Mãe
Todo seu
Bernardino Machado "
Homenagens e prémios de Aquilino Ribeiro
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Entre os meses de Março e de Junho de 1952, no Brasil recebe homenagens de instituições, escritores e figuras públicas.
Em 22 de Julho de 1952, é condecorado pelo Governo brasileiro, pelas mãos do ministro das Relações Exteriores, João Mendes Fontoura, com a comenda do Cruzeiro do Sul.
Em 1960, o Professor Catedrático da Faculdade de Letras de Lisboa, Francisco Vieira de Almeida, propõe Aquilino como candidato ao Prémio Nobel da Literatura.
Em 1963,a Sociedade Portuguesa de Escritores, presidida por Ferreira de Castro, nomeia uma comissão para comemorar o 50º aniversário da publicação da primeira obra de Aquilino – Jardim das Torme
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Foi ainda homenageado pela Casa das Beiras.
Em 2007, a Assembleia da República aprovou uma homenagem, incluindo a transferência do corpo com honras de Estado para o Panteão Nacional de Santa Engrácia.
Aquilino e as suas obras
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1913 - Jardim das Tormentas (contos).
1918 - A Via Sinuosa (romance).
1919 - Terras do Demo (romance).
1920 - Filhas de Babilónia (novelas).
1922 - Estrada de Santiago (novelas); incluía O Malhadinhas.
1924 - Romance da Raposa (romancinho infantil).
1926 - Andam Faunos pelos Bosques (romance).
1930 - O Homem que Matou o Diabo (romance).
1932 - Batalha sem Fim (romance).
1932 - As Três Mulheres de Sansão (novelas). -
1933 - Maria Benigna (romance).
1934 - É a Guerra (diário).
1935 - Alemanha Ensanguentada (caderno dum viajante).
1935 - Quando ao Gavião Cai a Pena (contos).
1936 - Anastácio da Cunha, o Lente Penitenciado (vida e obra).
1936 - Arca de Noé III Classe (contos para as crianças).
1936 - Aventura Maravilhosa de D. Sebastião (romance).
1937 - S. Banaboião Anacoreta e Mártir (romance).
1938 - A Retirada dos Dez Mil.
1939 - Mónica (romance).
1939 - Por Obra e Graça (estudos).
1940 - Oeiras (monografia).
1940 - Em Prol de Aristóteles.
1940 - O Servo de Deus e a Casa Roubada (novelas).
1942 - Os Avós dos Nossos Avós (história).
1943 - Volfrâmio (romance).
1945 - Lápides Partidas (romance).
1945 - O Livro do Menino Deus (o Natal na história religiosa e na etnografia).
1946 - Aldeia (terra, gente e bichos).
1947 - O Arcanjo Negro (romance).
1947 - Caminhos Errados (novelas).
1947 - Constantino de Bragança, VII Vizo-Rei da Índia (história).
1948 - Cinco Réis de Gente (romance).
1948 - Uma Luz ao Longe (romance).
1949 - Camões, Camilo, Eça e Alguns Mais (estudos de crítica histórico-literária).
1949 - O Malhadinhas (edição autónoma).
1950 - Luís de Camões, Fabuloso, Verdadeiro (ensaio).
1951 - Geografia Sentimental (história, paisagem, folclore).
1951 - Portugueses das Sete Partidas (viajantes, aventureiros, troca-tintas).
1952 - Leal da Câmara (vida e obra).
1952 - O Príncipe Perfeito.
1952 - Príncipes de Portugal. Suas grandezas e misérias (história).
1953 - Arcas Encoiradas (estudos, opiniões, fantasias).
1954 - O Homem da Nave (serranos, caçadores e fauna vária).
1954 - Humildade Gloriosa (romance).
1955 - Abóboras no Telhado (crónica e polémica).
1957 - A Casa Grande de Romarigães (crónica romanceada).
1957 - O Romance de Camilo (biografia e crítica).
1958 - Quando os Lobos Uivam (romance).
1959 - Dom Frei Bartolomeu. As três desgraças teologais (legenda).
1959 - D. Quixote de la Mancha.
1959 - Novelas Exemplares.
1960 - No Cavalo de Pau com Sancho Pança (ensaio).
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1960 - De Meca a Freixo de Espada à Cinta (ensaios ocasionais).
1963 - Tombo no Inferno. O Manto de Nossa Senhora (teatro).
1963 - Casa do Escorpião (novelas).
1967 - O Livro de Marianinha (lengalengas e toadilhas em prosa rimada).
1974 - Um Escritor Confessa-se (memórias).
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Definitivamente em Portugal
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Em 1935, é eleito sócio correspondente da Academia das Ciências, da qual se tornará sócio efectivo em 1957. Por estes anos estabelece amizade com o médico professor universitário Francisco Pulido Valente, no consultório deste e à porta da Bertrand, editora de Aquilino. Reunia-se nestes locais a famosa tertúlia figurada na pintura de Abel Manta, composta por Aquilino Ribeiro, Pulido Valente, Carlos Olavo Ramada Curto, Ribeiro dos Santos, Mário de Alenquer, Lopes Graça, Manuel Mendes, Sebastião Costa, Câmara Reis, Abel Manta e Alberto Candeias. Os temas abordados nessas conversas animadas variavam entre a recorrente crise política do País e do Mundo, e a cultura daqueles tempos.
O segundo casamento
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terça-feira, 27 de abril de 2010
“Homem de Acção”
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Para além disso, em conjunto com colegas de trabalho, continua a desenvolver uma actividade cívica que vai ter a sua expressão mais visível na revista Seara Nova, publicação preponderante quer na difusão dos ideais republicanos quer mesmo no evoluir da vida política da I Republica. Mostrando mais uma vez a sua faceta de “Homem de Acção”, Aquilino manifesta-se em 1927, na revolta contra a ditadura militar consequente ao golpe de 28 de Maio de 1926. Devido a esta manifestação é demitido da Biblioteca Nacional e refugia-se em Paris. Regressa a Portugal, refugiando-se na Soutosa. Morre a sua primeira esposa Grete Tiedemann. Em 1928, envolve-se numa acção anti-regime do Regimento de Pinhel, mas é capturado e levado para a prisão de Fontelo em Viseu. Consegue novamente evadir-se, esconde-se nas serras beirãs e após jornadas difíceis chega a Paris.
Entre Paris e Alemanha
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Aquilino, o revolucionário.
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Considerado, um verdadeiro “Homem de acção” que através da escrita e da participação em actividades, que mais tarde acabariam por levá-lo à cadeia.
De facto, em 1907, o escritor conhece Artur Augusto Duarte Luz de Almeida, fundador da Carbonária, ligando-se assim a esta sociedade secreta e como braço armado da Maçonaria, guarda no seu quarto na Rua do Carrião, dois caixotes com cargas explosivas. Em seguida devido ao mau manuseamento dá-se o rebentamento de explosivos guardados que provoca a morte de dois correligionários, Gonçalves Lopes (professor do liceu do Carmo) e Belmonte de Lemos (um adelo da Rua dos Franqueiros). Aquilino Ribeiro consegue sair ileso do seu quarto mas é detido e levado para a esquadra do Caminho Novo, a cadeia mais severa durante o regime franquista. A 12 de Janeiro de 1908, logra a evadir-se da prisão. Após viver durante alguns meses clandestinamente numas águas furtadas na Rua Nova do Almada em Lisboa, segue para Paris.
quarta-feira, 24 de março de 2010
De traquina a escritor
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Embora os pais desejassem que o filho enveredasse pelo sacerdócio, este, enquanto criança, era considerado travesso e consta que ainda hoje se contam histórias sobre as suas traquinices.
Dez anos, após o seu nascimento, Aquilino entra no Colégio da Senhora da Lapa, onde conclui a 4ª classe.
Em 1900, é admitido no Colégio Roseira em Lamego, dois anos mais tarde vai para Viseu estudar filosofia e a 16 de Outubro transfere-se para o seminário de Beja para estudar Teologia. Em 1904 é expulso do mesmo por insubordinação.
Mas foi em 1906 que Aquilino Ribeiro foi viver para Lisboa onde iniciou a sua vida de escritor e jornalista.
Em 1900, é admitido no Colégio Roseira em Lamego, dois anos mais tarde vai para Viseu estudar filosofia e a 16 de Outubro transfere-se para o seminário de Beja para estudar Teologia. Em 1904 é expulso do mesmo por insubordinação.
Mas foi em 1906 que Aquilino Ribeiro foi viver para Lisboa onde iniciou a sua vida de escritor e jornalista.
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